Depressão
No século 19, pela primeira vez, o termo “depressão” surge com um sentido mais próximo ao atual, enquanto o termo “melancolia” poderia estar associado a qualquer tipo de loucura. Por volta de 1860 a palavra começa a aparecer nos dicionários médicos, e surgem tratamentos mais “humanizados”.
A depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo, afetando diretamente a saúde mental, a qualidade de vida e a vida social do indivíduo como um todo, acarretando isolamento social, constituindo fator de risco para suicídios, além de ser responsável por número crescente de afastamentos laborais. A doença é mais
Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves. Além disso, ela também pode atingir crianças e adolescentes.
FATORES DE RISCO
- Histórico familiar
- Estresse físico e psicológico
- Ansiedade
- Traumas psicológicos
- Etilismo e drogas ilícitas (ex. cocaína)
- Conflitos conjulgais
- Problemas financeiros
- Desemprego
- Doenças cardiovasculares , endocrinológicas, neurológicas, neoplasias, etc.
- acontecimentos traumáticos na infância
SINTOMAS
- No humor: tristeza prolongada; perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas; choro fácil ou apatia; irritação; mau humor;
- Na autoimagem: sentimentos de culpa, vazio ou inutilidade; solidão;
- Nas funções cerebrais: dificuldade para executar as tarefas do dia a dia, tomar decisões; problemas de memória e concentração;
- Nos pensamentos: pessimismo; visão distorcida da realidade; ideias frequentes de morte e/ou de suicídio; pessimismo; pensamentos negativos persistentes (ruminações como “eu não vou conseguir”, “eu sou um fracasso”, “as pessoas estariam melhor sem mim” etc);
- No comportamento: falta de energia; fadiga; inquietação; agitação psicomotora; lentidão nos movimentos e/ou na fala; mobilidade reduzida; isolamento; perda de libido; dificuldade de receber ou transmitir afeto; aumento ou perda de apetite; uso de álcool, e drogas (para tentar obter alívio);
- No sono: insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias.
- No resto do corpo: aumento ou perda de peso; sensação de peso nos braços ou nas pernas; dores ou problemas digestivos sem causa aparente e/ou que não melhoram com tratamento; alteração do libido; sudorese; dor no peito;
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existe exames laboratoriais específicos para diagnosticar depressão.
Após avaliação do paciente pelo psiquiatra, o tratamento é indicado de acordo com a gravidade dos sintomas, e da presença, ou não, de outros transtornos mentais
TRATAMENTO
A Depressão é uma doença mental de elevada prevalência e é a mais associada ao suicídio, tende a ser crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada.
O tratamento é medicamentoso e psicoterápico.
Se você identifica os sintomas da depressão em alguém, procure incentivar a pessoa a buscar auxílio psiquiátrico, ou até a marcar uma consulta para ela.
PREVENÇÃO
- Ter uma dieta equilibrada;
- Praticar atividade física regularmente;
- Combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas;
- Evitar o consumo de álcool;
- Não usar drogas ilícitas;
- Diminuir as doses diárias de cafeína;
- Rotina de sono regular;
- Não interromper tratamento sem orientação médica.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) dá apoio emocional gratuitamente e com total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas, em todos os dias da semana para quem está em desespero ou pensa em suicídio.
Lembre-se que depressão não é frescura, fraqueza ou falta de fé, e que frases como “seja positivo” às vezes podem aumentar a sensação de impotência de quem está deprimido.
Procure ouvir, sem julgamentos, mostrar que está por perto, oferecer ajuda prática e buscar conselhos ou indicações de profissionais de saúde de quem já enfrentou a depressão.
Referências
https://jornal.usp.br/ciencias/visao-sobre-depressao-sofreu-transformacoes-ao-longo-da-historia/ acesso em 06 de Maio 2020; https://www.scielosp.org/article/rbepid/2012.v15n2/346-354/ acesso em 06 de Maio 2020; http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862016000300003, acesso em 20 de Maio d 2020; https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5635:folha-informativa-depressao&Itemid=1095, acesso em 07 de Maio de 2020, https://saude.gov.br/saude-de-a-z/depressão, acesso em 07 de Maio, 2020.; https://hospitalsantamonica.com.br/depressao-sintomas-tratamento-diagnostico-e-prevencao/, acesso em 07 de Maio de 2020.